Em audiência na Serra, SINDIUPES refuta proposta de Escola Cívico-Militar

O SINDIUPES defende uma Educação Pública de Qualidade, Democrática, Socialmente Referenciada e Plural, comprometida com a formação de cidadãos críticos e autônomos, garantindo a independência do professor dentro de sala de aula.

Nesse sentido, a Diretoria Colegiada do Sindicato solicitou audiência com a Administração Municipal da Serra para reiterar a posição da categoria contrária à implantação do modelo de Escola Cívico-Militar, lançado pelo Ministério da Educação-MEC, e que vem sendo implantado por meio de adesão em alguns municípios brasileiros.

Essa proposta de gestão das escolas entre civis e militares é alvo de duras críticas parte dos/das trabalhadores/as em educação e movimentos sociais em razão da ausência de diálogo ou consulta à comunidade escolar para sua implantação, e principalmente por representar um instrumento de censura, ingerência na gestão pedagógica e perseguição aos trabalhadores(as).

Problemas sociais

É preciso ressaltar que a comunidade escolar enfrenta sérias dificuldades em seu dia a dia como resultado dos problemas sociais, como desemprego, violência e má distribuição de renda.

Por isso o momento atual exige, sim, projetos para combater os reais problemas da educação e demais questões sociais, mas que não seja pelo caminho do autoritarismo o que, certamente, comprometerá a autonomia das escolas, a gestão democrática e a formação de cidadãos com valores de democracia e de igualdade.

Na audiência com representantes do município, os diretores do SINDIUPES destacaram que a melhoria da educação pública passa, necessariamente, pelo aumento dos investimentos na formação dos/as profissionais, em material didático e na estrutura física, bem como na participação efetiva da comunidade escolar na gestão das unidades de ensino.