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Dia Nacional da Visibilidade Lésbica – Em defesa de direitos e contra o preconceito

Seta
25/08/2020
Por Comunicação

Neste 29 de agosto celebra-se o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, um marco fundamental na luta por direitos e no combate à lesbofobia – o preconceito contra mulheres lésbicas.

O SINDIUPES chama a atenção para essa data e reitera a importância do debate, das lutas e do respeito, dentro e fora da escola, como forma de combater a lesbofobia, o preconceito e a violência contra as mulheres lésbicas que, além de enfrentarem o preconceito por sua orientação sexual, ainda carregam uma discriminação histórica por ser mulher (misoginia).

Professor Tiago Mello, Secretaria de Promoção dos Direitos de LGBTI+ do Sindiupes.

Histórico
Essa data foi criada durante o 1° Seminário Nacional de Lésbicas – Senale, em 1996, no Rio de Janeiro e, a partir dela, foi estabelecido agosto como o mês da visibilidade lésbica.

Segundo o diretor do SINDIUPES Tiago da Silva Mello, coordenador do Coletivo de Diversidade Sexual, “infelizmente, nossa sociedade ainda ignora a realidade das mulheres lésbicas, negando a representatividade lésbica em diversos espaços ou inviabilizando pesquisas e ações sociais próprias para a realidade das nossas companheiras de luta”.

Live e outras ações

Com o objetivo de combater à lgbtfobia e conscientizar sobre o respeito e a luta em defesa dos direitos das pessoas LGBTs, o Coletivo de Diversidade Sexual LGBTQI+ do SINDIUPES promove debates, seminários, palestras e, nesse momento da pandemia, está desenvolvendo o Projeto LIVE LGBT do SINDIUPES.

As Lives buscam abrir um debate com a categoria, a sociedade e com a população LGBTQI+ do Estado, com o intuito de dar voz às pessoas LGBTQI+ que são trabalhadores/as da Educação.

Como parte das atividades alusivas ao Dia da Visibilidade Lésbica, o Coletivo realizou no dia 26/08 a Live com o tema Educação e Direitos das Mulheres Lésbicas.

Importância da Visibilidade Lésbica

Mulher negra, lésbica, educadora, a professora Ariane Meireles destaca que a  visibilidade lésbica é fundamental para que a sociedade entenda que as mulheres lésbicas estão em todos os lugares, ocupando outros espaços que não aqueles que estão sedimentados na estereotipia social. 

Ouça o áudio com o relato de Ariane Meireles, Professora da Educação Básica da Rede Pública Vitória e de Ensino Superior. Coordenadora da Ceafro-Comissão de Estudos Afro-brasileiros. Integrante do Coletivo Santa Sapataria.

 

A Secretaria de Promoção dos Direitos de LGBTI+ do SINDIUPES fez uma seleção de filmes incríveis com temática lésbica.

Para mulheres que se relacionam com mulheres, sejam lésbicas, bi ou pansexuais, é muito difícil se verem representadas em filmes, principalmente quando são românticos. A maioria dos casais protagonistas é heterossexual.

Mirna Danuza Fonseca, Secretária de Promoção dos Direitos de LGBTI+ do SINDIUPES

Segundo uma pesquisa do GLAAD (Gay & Lesbian Alliance Against Defamation), em 2017, dos 109 filmes produzidos pelos grandes estúdios de Hollywood, apenas 14 tinham personagens LGBTI+. Destes, lésbicas estavam em cinco filmes e bissexuais em dois.

Encontrar obras que retratam o amor entre mulheres de maneira realista, sem fetichização ou estereótipos, é raro.

Nesta lista, abaixo, selecionamos alguns filmes incríveis para você assistir e lembrar que o amor entre as mulheres é lindo.

Confira, curta e aproveite.

Alike (Adepero Oduye) é uma adolescente que está descobrindo sua sexualidade e construindo sua identidade: do que gosta, como quer se vestir e o que quer ser. Enquanto isso, ela enfrenta a pressão familiar para que corresponda às expectativas de seus pais. O filme foi muito inspirado na experiência pessoal da diretora, Dee Rees, mulher negra e lésbica.

Laurel (Juliane Moore) e Stacie (Ellen Page) construíram uma vida juntas e são felizes. Quando Laurel descobre que tem uma doença terminal, pede para que sua esposa receba os benefícios da pensão da polícia, por onde trabalhou por 23 anos. O problema é que as autoridades recusam o pedido, fazendo com que as duas iniciem uma batalha para ter seus direitos reconhecidos no judiciário como qualquer outro casal. O filme é baseado em uma história real, já retratada no documentário Freeheld, vencedor do Oscar em 2008.

Disponível na Netflix

O filme se passa na década de 50 e conta a história de Carol Aird (Cate Blanchett), uma mulher que está se divorciando do marido, quando conhece (e se apaixona) por Therese Belivet (Rooney Mara). Quando o marido de Carol descobre, ameaça tirar a guarda da filha dos dois, inclusive proibindo as duas de se encontrarem. Carol e Therese, juntas, embarcam em uma viagem de carro para descobrir como enfrentarão seus dramas.

O filme é uma adaptação do livro de Naomi Alderman e conta a história de Esti (Rachel Adams) e Ronit (Rachel Weisz), amigas de infância que eram apaixonadas. Quando o pai de Ronit morre, ela volta a comunidade judaica ortodoxa da qual fugiu e reencontra Esti, casada com seu primo Dovid (Alessandro Nivola). A reaproximação das duas faz sentimentos do passado surgirem, e o drama se desenrola a partir do romance proibido.
A direção é do chileno Sebastián Lelio, de “Uma Mulher Fantástica”, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

Laila (Kalki Koechlin) é uma jovem indiana que tem paralisia cerebral que resolve estudar nos Estados Unidos para tentar concretizar o sonho de ser escritora. Além de retratar a realidade de uma pessoa com deficiência, o filme foca também na descoberta da sexualidade de Laila: quando conhece Khanum (Sayani Gupta), uma ativista lésbica, as duas se envolvem romanticamente.
A personagem Laila foi inspirada em uma prima de Shonali Bose, diretora do longa. Ela comenta sobre o processo criativo do roteiro em uma entrevista ao jornal The Guardian (em inglês). Disponível na Netflix

Flores Raras traz a história (verídica) do romance entre a arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares (Glória Pires) e Elizabeth Bishop (Miranda Otto), poetisa norte-americana. O pano de fundo para a relação entre as duas é o golpe militar e o governo de Carlos Lacerda no Rio de Janeiro. A direção é do brasileiro Bruno Barreto que, na época de lançamento da obra, declarou ao portal G1 que o fato de a obra ter um romance entre mulheres dificultou o patrocínio. Disponível na Netflix

Rachel (Piper Perabo) está se casando com seu namorado Heck (Matthew Goode) quando conhece Luce (Lena Headey), a florista do casamento. Há uma atração instantânea entre elas e Rachel entra em um conflito: deve continuar seu relacionamento com Heck ou se permitir viver com Luce?

O documentário é da década de 70, mas ainda é muito atual. A discussão sobre a maternidade lésbica é o centro dessa produção dirigida por duas brasileiras: Rita Moreira e sua esposa, Norma Bahia Pontes.. As entrevistadas falam sobre falta de representatividade, heterossexualidade compulsória e sobre a vivência naquela época.
A íntegra está disponível no Youtube (e legendado em português).

Categoria(s): Geral

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